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Imunoterapia

Imunoterapia – Alérgeno Específica

Usada há mais de 100 anos como tratamento para doenças alérgicas, a imunoterapia alérgeno-específica, foi reconhecida somente na década de 90 pela OMS, como único tratamento capaz de mudar a evolução natural da rinite alérgica e ser potencialmente curativa. 

A imunoterapia alérgeno específica é um tratamento de remodelação do sistema imunológico onde ocorre a produção de IgG alérgeno específica que irá se ligar ao alérgeno e o bloquear para que não aja contato com a IgE para que não ocorra a liberação dos mediadores inflamatórios. 

A imunoterapia atua no nosso organismo promovendo uma modulação de linfócitos T e B, levando à produção e liberação de IgG4 alérgeno-específica que por sua vez irá bloquear os alérgenos bem como diminuir a produção de IgE alérgeno-específica que é o grande vilão nas crises alérgicas. 

O Anticorpo IgG4 em grande quantidade no sangue e tecidos tem a função de se ligar ao alérgeno impedindo que este se ligue a IgE nos mastócitos e basófilos diminuindo dessa forma a liberação dos mediadores inflamatórios como histamina e leucotrienos que iriam levar aos sintomas alérgicos tão desagradáveis.

O tratamento consiste na aplicação de alérgeno ao qual o paciente é sensível onde são administradas gotas sublinguais em doses fracionadas e crescentes por um período de tempo que é variável.. 

A imunoterapia induz uma série de alterações na resposta imune que estão associadas à melhora clínica.

O tratamento se dá através da administração de 6 gotas por  via sublingual da vacina num intervalo de 3x por semana por um período de 3 a 5 anos. 

Os resultados começam a ser sentidos pelo paciente com aproximadamente 6 meses de tratamento.

Este tratamento é indicado para adultos e crianças acima de 5 anos com histórico e sintomas sugestivos de rinite alérgica, que tenham sua qualidade de vida diminuída pelas crises e que tenham sua alergia comprovada pelos testes alérgicos.

A imunoterapia pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólens, fungos e venenos de insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas). De modo geral, a sensibilização a estes alérgenos está associada a manifestações respiratórias (rinite e asma) e a reações graves, como a anafilaxia por picada de insetos. 

Não existe indicação de imunoterapia para alergia a alimentos e para os quadros de alergia por contato.

São vários os benefícios da imunoterapia alérgeno específica, entre eles estão

  • Evita o desenvolvimento de novas alergias.
  • Evita a progressão da alergia de uma forma leve para grave.
  • Previne o desenvolvimento e promove uma melhora da Asma alérgica.
  • Previne otites e sinusites que tem como gatilho inicial o quadro alérgico.
  • Promove uma economia financeira pois o paciente não irá precisar mais gastar com antialérgicos.
  • Promove uma melhor qualidade de vida  

É importante ressaltar que as vacinas com alérgenos não devem ser aplicadas como forma isolada de tratamento. Ao contrário, a abordagem do paciente alérgico deve contemplar medidas de controle da exposição à alérgenos e o uso de medicamentos para controle e prevenção das manifestações clínicas. Desta forma, a imunoterapia com alérgenos deve ser considerada como parte de um plano de tratamento que inclui medidas de controle ambiental e farmacoterapia.

A impossibilidade do afastamento total do contato com o alérgeno, a intensidade das manifestações clínicas que determinem necessidade de medicação constante e a concordância do paciente em receber imunoterapia são fatores que devem ser analisados na indicação da imunoterapia com alérgenos.

A modificação da resposta imune do paciente alérgico é o ponto de principal interesse da imunoterapia. Muitos estudos demonstram a eficácia da imunoterapia com alérgenos na rinite, na asma e nos quadros de alergia a veneno de insetos.

As vacinas para alergia provocam diminuição dos sintomas de rinite e asma, com melhora perceptível na qualidade de vida da pessoa alérgica. Em pacientes com rinite existem estudos demonstrando que a imunoterapia pode prevenir o surgimento de sensibilização para outros alérgenos e também impedir a evolução de rinite para asma.

Em pacientes que também sofram de asma é necessário cautela ainda maior, uma vez que apresentam maior risco de desenvolver reações. Pacientes com asma não controlada ou em crise de asma não devem receber aplicação de imunoterapia.

A imunoterapia é contra-indicada em pacientes com doença coronariana, em pessoas que usem determinado grupo de anti-hipertensivo (betabloqueadores) ou que sofram de outras doenças do sistema imunológico, tais como imunodeficiências e doenças autoimunes.

O tratamento é contra indicado para:

  • Pacientes com Asma grave ou de difícil controle.
  • Paciente portadores de neoplasia maligna.
  • Pacientes abaixo dos 5 anos de idade.
  • Pacientes que façam uso de betabloqueador ou com cardiopatia.
  • Pacientes portadores de doença autoimune em atividade.

Para que os pacientes recebam tratamento da imunoterapia é necessário passar por alguns critérios, a clínica e paciente ter crises ao contato com determinadas substâncias e segundo, testes alérgicos, que provam que se trata de uma alergia.

E sobre os testes, o mais recomentado é o PrickTest que é realizado na Clínica Baraldo além do tratamento de Imunoterapia.

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